11/06/2013


As Filhas da Água em todos os seus estados
Se os génios da água partilham todos as mesmas características essenciais, distinguem-se uns dos outros pelo habitat.
As sereias vivem no mar, as ondinas frequentam as torrentes e as cascatas, enquanto as ninfas de água habitam nos lagos e nos pântanos. Cada estado próprio à água e às suas metamorfoses, dá um lugar a um tipo de espírito preciso. E como existe água em todo o lado, mesmo no ar e na terra, as donzelas da água existem em número infinito.

Nos gregos da antiguidade, as ninfas, espíritos elementares da água compunham-se em ninfas celestes, as urânias; em ninfas terrestres, as epígeas; e em ninfas da água, as efidríades, também compostas por ninfas marinhas, as oceânides e as nereidas; ninfas dos rios, as naiádes; e ninfas dos lagos, as límnades. Existiam também ninfas dos vales, as napéias: ninfas das montanhas, as oreades; as ninfas das florestas, as dríades, as ninfas dos prados, as melíades; e as ninfas das grutas, as corícidas.
Karl Grun explica esta espantosa variedade de ninfas do seguinte modo:

“A ninfa, que significa mulher fecunda, é um espírito aquático de posição inferior. Existe água em todo o lado. O número de ninfas devia, por isso ser considerável, não só nos oceanos, rios, lagos, e fontes, mas também nos prados e nos bosques, onde o solo é húmido, onde sussurram os riachos, e nas montanhas que roçam as nuvens chega a haver água no ar, no estado de vapor e de nuvens. Sob o Sol e o Céu da Grécia, a imaginação do Homem apenas via por toda a parte, corpos graciosos e rostos amáveis. Esta maneira de conceber o mundo era certamente mais alegre do que a nossa. Tristes sábios de hoje, só encontra á nossa volta hidrogénio, azoto e carbono.”


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– Karl Grun, Les Espríts Elementaires, Vervies, 1891

AS ONDINAS SEGUNDO GEOFFREY HODSON (CLARIVIDENTE) EM WHITENDALE, ABRIL DE 1922


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"Sentado num quiosque recoberto de urze, ao lado de uma cachoeira que jorra de duas enormes pedras antes de cair de uma altura de um metro e meio a dois metros sobre os rochedos cobertos de musgos, faço uma tentativa para estudar as fadas da água, com as quais não é fácil entrar em contacto imediatamente depois de a consciência ter estado sintonizada com os espíritos da terra. Sem dúvida, seus movimentos são mais rápidos e subtis. Sua figura, também se modifica com desconcertante rapidez. Ao observá-las, elas se me afiguram pequenas mulheres, inteiramente nuas, com cerca de dez a quinze centímetros de altura; seus cabelos são longos e caem para trás e usam alguns enfeites, semelhantes a pequenas grinaldas e em volta da cabeça. Elas brincam no meio ou em volta da cachoeira, cruzando-a velozmente em muitas direcções e emitindo sem parar um som frenético, que por vezes chega a configurar um som agudo. Tais chamados são infinitamente remotos, mal chegando a mim, feito o chamado de um pastor que ecoa por um vale alpino. Trata-se de um som vogal, embora não me tenha sido possível identificar até agora as séries de vogais de que se compõe.
Elas podem subir a cachoeira contra a corrente ou nela permanecer imóveis, mas geralmente são vistas a brincar à sua volta ou a cruzá-la velozmente. Quando uma nuvem passa no céu e a cachoeira volta a brilhar ensolarada, elas parecem experimentar uma alegria redobrada; então, incrementam o ritmo de seus movimentos e de sua cantoria. São entre oito a doze ondinas a brincar na cachoeira; algumas são bem maiores do que as outras, tendo a mais alta cerca de vinte centímetros de altura. Dentre as mais altas, uma acaba de expandir o seu tamanho em cerca de sessenta centímetros, para agora se arremeter velozmente cachoeira acima. Algumas possuem auras róseas, outras verde-claras, e um contacto mais directo, que consigo agora estabelecer, mostra-me quão belas e ao mesmo tempo infinitamente distantes, em relação ao homem, são tais criaturas. Elas atravessam de um lado para o outro as grandes rochas que ladeiam a cachoeira sem encontrar qualquer tipo de obstáculo. Sinto-me inteiramente incapaz de atrair a sua atenção ou exercer sobre elas qualquer tipo de influência. Algumas mergulham na poça situada ao pé da cascata, reaparecendo, eventualmente, em meio ao turbilhão de espuma. A grinalda anteriormente mencionada é luminosa e aparentemente faz parte de suas auras."

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Achei este texto no site da Rosane Volpato, durante as minhas longas incursões na internet... nas minhas intensas pesquisas sobre estes seres magníficos... que são os seres mágicos! Achei que seria interessante partilhá-lo com voçês... principalmente com todos os amigos que têem um gosto particular como eu pelos seres encantados.
Há quem diga que as fadas, os elfos e afins... são os seres mais antigos do planeta e mais evoluidos do que nós, humanos... e que estão por aí de modo a proteger a Natureza das barbaridades e das asneiras que nós, humanos, cometemos. E por causa dessas mesmas asneiras, sofremos agora com o aquecimento global... e quem são os culpados? Somos todos nós... que ofendemos e mal-tratamos a nossa Mãe Natureza...
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Gostaria de vos lembrar, a todos que passarem por aqui e lerem estas linhas... estas minhas divagações... que nós por vezes nos esqueçemos... a Natureza não é nossa... nós é que somos da Natureza! Por isso devíamos respeitá-la mais, acarinhá-la mais... e preservá-la... para o nosso futuro... para os nossos filhos.
Perdoem estas minhas divagações...

10/02/2011

Deusa da Roda de Prata


Estou a retornar aos pouquinhos... e antes de tudo quero agradecer aos amigos virtuais e á vossa presença constante no meu cantinho. nenhum é esquecido... todos moram no meu coração!


Invocação á Deusa da Roda de Prata

Oh Arianrhod, Donzela, Mãe e Amante!
Senhora da Iniciação
Que nos deste nossos nomes,
Que nos deste nossas armas,
Para que pudéssemos ter uma nova vida.
De Ti, nós viemos
E para os Teus braços retornaremos.
Deusa resplandecente,
Filha do grande deus Don.
Nós Te convidamos a descer da Tua terra de estrelas
e florestas selvagens
Junta-Te a nós e inunda-nos com o Teu poder
Abençoa-nos Arianrhod!
E ilumina os nossos caminhos,
Através da luz da Lua Cheia
E, faz com que nos nossos corações,
Nasça a compreensão seguida do Amor Universal.
Abençoa-nos Grande Mãe Frutuosa
Pois somos os Teus filhos mais amorosos!
(invocação á Deusa Celta da Roda de Prata, Arianhrod)

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A todos... um momento sereno e até á próxima!

13/04/2010

AS ONDINAS

AS ONDINAS SEGUNDO GEOFFREY HODSON (CLARIVIDENTE)
EM WHITENDALE, ABRIL DE 1922
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"Sentado num quiosque recoberto de urze, ao lado de uma cachoeira que jorra de duas enormes pedras antes de cair de uma altura de um metro e meio a dois metros sobre os rochedos cobertos de musgos, faço uma tentativa para estudar as fadas da água, com as quais não é fácil entrar em contacto imediatamente depois de a consciência ter estado sintonizada com os espíritos da terra. Sem dúvida, seus movimentos são mais rápidos e subtis. Sua figura, também se modifica com desconcertante rapidez. Ao observá-las, elas se me afiguram pequenas mulheres, inteiramente nuas, com cerca de dez a quinze centímetros de altura; seus cabelos são longos e caem para trás e usam alguns enfeites, semelhantes a pequenas grinaldas e em volta da cabeça. Elas brincam no meio ou em volta da cachoeira, cruzando-a velozmente em muitas direcções e emitindo sem parar um som frenético, que por vezes chega a configurar um som agudo. Tais chamados são infinitamente remotos, mal chegando a mim, feito o chamado de um pastor que ecoa por um vale alpino. Trata-se de um som vogal, embora não me tenha sido possível identificar até agora as séries de vogais de que se compõe.
Elas podem subir a cachoeira contra a corrente ou nela permanecer imóveis, mas geralmente são vistas a brincar à sua volta ou a cruzá-la velozmente. Quando uma nuvem passa no céu e a cachoeira volta a brilhar ensolarada, elas parecem experimentar uma alegria redobrada; então, incrementam o ritmo de seus movimentos e de sua cantoria. São entre oito a doze ondinas a brincar na cachoeira; algumas são bem maiores do que as outras, tendo a mais alta cerca de vinte centímetros de altura. Dentre as mais altas, uma acaba de expandir o seu tamanho em cerca de sessenta centímetros, para agora se arremeter velozmente cachoeira acima. Algumas possuem auras róseas, outras verde-claras, e um contacto mais directo, que consigo agora estabelecer, mostra-me quão belas e ao mesmo tempo infinitamente distantes, em relação ao homem, são tais criaturas. Elas atravessam de um lado para o outro as grandes rochas que ladeiam a cachoeira sem encontrar qualquer tipo de obstáculo. Sinto-me inteiramente incapaz de atrair a sua atenção ou exercer sobre elas qualquer tipo de influência. Algumas mergulham na poça situada ao pé da cascata, reaparecendo, eventualmente, em meio ao turbilhão de espuma. A grinalda anteriormente mencionada é luminosa e aparentemente faz parte de suas auras."

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Achei este texto no site da Rosane Volpato, durante as minhas longas incursões na internet... nas minhas intensas pesquisas sobre estes seres magníficos... que são os seres mágicos! Achei que seria interessante partilhá-lo com voçês... principalmente com todos os amigos que têem um gosto particular como eu pelos seres encantados.

Há quem diga que as fadas, os elfos e afins... são os seres mais antigos do planeta e mais evoluidos do que nós, humanos... e que estão por aí de modo a proteger a Natureza das barbaridades e das asneiras que nós, humanos, cometemos. E por causa dessas mesmas asneiras, sofremos agora com o aquecimento global... e quem são os culpados? Somos todos nós... que ofendemos e mal-tratamos a nossa Mãe Natureza...

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Gostaria de vos lembrar, a todos que passarem por aqui e lerem estas linhas... estas minhas divagações... que nós por vezes nos esqueçemos... a Natureza não é nossa... nós é que somos da Natureza! Por isso devíamos respeitá-la mais, acarinhá-la mais... e preservá-la... para o nosso futuro... para os nossos filhos.

Perdoem estas minhas divagações...

09/08/2009

Queridos Amigos do Roda de Prata... aqui estou eu para trazer novo post neste que é o último mês de Verão. Recebi um lindo Prémio da minha amiga Sahashara, muita luz pra ti minha querida Aparecida! E muita Paz no teu coração... e também para todos os que estão lendo aqui minhas palavras soltas....
Recebi esse lindo prêmio do blog: http://reikisahashara.blog.uol.com.br/, que agradeço com muito carinho e Amizade. O que representa o Prêmio Mouse de Ouro:
O reconhecimento aos blogueiros que transmitem Amizade, Gentileza, Respeito, Carinho. Prêmio criado com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros na Blogosfera. Quem recebe o Prêmio Mouse de Ouro e o aceita deve seguir algumas regras: 1- exibir o selo; 2- linkar o blog pelo qual recebeu o prêmio: http://reikisahashara.blog.uol.com.br/ 3- escolher outros blogs (quantos quiser) que queira entregar o prêmio.
Blogs indicados:
http://jesusminharocha.blig.ig.com.br/ , da querida Edimar Suely
http://pmauriciosilva.zip.net/ , do meu muito querido amigo Paulo
http://canto-da-sol.zip.net/ , da querida Sol Hoffman
http://artbycinthiaduim.zip.net/ , da querida Cinthia Duim
http://www.religarecomadeusa.blogger.com.br/ , cantinho mágico de minha amiga Márcia
http://fonte-amor.zip.net/ , da querida Evanir
E agora amigos... algo mais sobre meu assunto preferido... rsrssssss!


HISTÓRIA DAS SEREIAS
Numa noite calma de primavera ou outono, o marinheiro deixa deslizar docemente seu barco perto das margens semeadas de rochedos e ouve ao longe, no marulho das ondas, o gorjeio de uma ave. Esse gorjeio, entrecortado por gritos estridentes e zombeteiros, ganha os ares e passa invisível com um estranho síbilo de asas, por cima da cabeça do marinheiro atento, dando-lhe a impressão de um concerto de vozes humanas. A sua imaginação lhe representa grupo de mulheres que se divertem e tentam desviá-lo de seu rumo. Ele acaba se aproximando mais para identificar a voz e sua embarcação se quebrará nos rochedos. Esta é sem duvida, a origem de todas as fábulas das Sereias. Mas devemos agradecer a estes poetas que criaram esta lenda tão maravilhosa. As sereias na época de homero eram 3 irmãs, filhas do deus Aqueló e da musa Calíope. Lígia toca flauta, Parténope lira e Leucósia lê textos e cantos. Seus nomes gregos evocam as idéias de candura, de brancura e de harmonia. Outros dão-lhes os nomes de Aglaofone, Telxieme e Pisinoe, denominações que exprimem a doçura da sua voz e o encanto de suas palavras. Conta-se que elas eram ex-companheiras de Perséfone, filha de Deméter, que foi raptada por Plutão(Hades), Senhor dos Infernos. Segundo a lenda, as sereias devem sua aparência a Deméter, que as castigou por terem sido negligentes ao cuidarem de sua filha. Ovídio, ao contrário, diz que as Sereias, desoladas com o rapto de Perséfone, pediram aos deuses que lhes dessem asas para que fossem procurar a sua jovem companheira por toda a Terra. Habitavam rochedos escarpados sobre as margens do mar, entre a ilha de Capri e a costa de Itália. O oráculo predissera às Sereias que elas viveriam tanto tempo quanto pudessem deter os navegantes à sua passagem, mas desde que um só passasse sem para sempre ficar preso ao encanto de suas vozes e das suas palavras, elas morreriam. Por isso essas feiticeiras, sempre em vigília, não deixavam de deter pela sua harmonia todos os que chegavam perto delas e que cometiam a imprudência de escutar os seus cantos. Elas tão bem os encantavam e os seduziam que eles não pensavam mais no seu país, na sua família, em si mesmos. Esqueciam de beber e de comer e morriam por falta de alimento. A costa vizinha estava toda branca de ossos daqueles que assim haviam perecido. Entretanto, quando os Argonautas passaram nas suas paragens, elas fizeram vãos esforços para atraí-los. Orfeu, que estava embarcado no navio, tomou sua lira e as encantou a tal ponto que elas emudeceram e atiraram os instrumentos ao mar.Ulisses, obrigado a passar com seu navio adiante das Sereias, mas advertido por Circe, tapou suas orelhas e de todos os seus companheiros e se fez amarrar os pés e as mãos ao mastro principal. Além disso, proibiu que de lá o tirassem se, por acaso, ouvindo o canto das Sereias, ele exprimisse o desejo de sair. Não foram inúteis essas precauções. Ulisses, mal ouviu as doces vozes e as promessas sedutoras das Sereias, deu ordem para que seus marinheiros o soltassem, o que felizmente eles não fizeram. Pausânias conta ainda uma fábula sobre as Sereias:"as filhas de Aqueló, diz ele encorajadas por Juno, pretendiam a glória de cantar melhor do que as Musas, e ousaram fazer-lhes um desafio, mas as Musas, tendo-as vencido, arrancaram-lhe as penas das asas e com elas fizeram coroas." Com efeito, existem antigos monumentos que representam as Musas com uma pena na cabeça. Apesar de temíveis ou perigosas, as Sereias não deixaram de participar das honras divinas e tinham um templo perto de Sorrento.
Bibliografia consultada: As mais belas histórias da Mitologia - Sérgio D. T. Macedo

17/06/2009

Iemanjá

Meus queridos amigos do Roda de Prata!
Depois de um largo período de ausência, voltei com muita saudade deste meu cantinho e dos meus amigos queridos que sempre se lembraram de mim, e que me vieram visitar. Peço a todos desculpa pela minha ausência... mas ela foi necessária ao período de minha vida por que passava.

Claro que tudo estava a correr bem na minha vida, de um ponto de vista normal... mas eu sentia na verdade falta de algo... algo por que sempre procurei e ansiei. Nunca escondi de ninguém o desejo que senti em busca da minha espiritualidade. E este ano de 2009, como eu havia intuído... foi de facto um virar na minha história, um novo capítulo em que finalmente me encontrei.

Dizem que o Mestre aparece quando o aluno está pronto, e foi assim que aconteceu comigo! Conheci as pessoas certas na altura certa. Uma palestra aqui, um workshop ali... e mal dei por mim estava a fazer a minha iniciação ao Reiki Estelar... a aprender valiosas técnicas de meditação... e em breve tirarei o curso de Cura Quântica! E agora, quando olho para trás já não imagino a minha vida sem os meus longos períodos de meditação em que finalmente encontrei a minha cura e a minha paz interior.

Numa dessas preciosas meditações encontrei Iemanjá... e foi quando decidi voltar ao meu Roda de Prata e partilhar tudo com voçês! Espero que gostem desta matéria sobre a deusa do mar... e espero que voltem a me visitar!

Beijos na Luz... Paz no vosso Coração!


PAZ!

MITOLOGIA


LENDA (Arthur Ramos)
Iemanja, Rainha do Mar

Com o casamento de Obatalá, o Céu, com Odudua, a Terra, que se iniciam as peripécias dos deuses africanos. Dessa união nasceram Aganju, a Terra, e Iemanjá (yeye ma ajá = mãe cujos filhos são peixes), a Água. Como em outras antigas mitologias, a terra e a água se unem. Iemanjá desposa o seu irmão Aganju e tem um filho, Orungã.


Orungã, o Édipo africano, representante de um motivo universal, apaixona-se por sua mãe, que procura fugir de seus ímpetos arrebatados. Mas Orungã não pode renunciar àquela paixão insopitável. Aproveita-se, certo dia, da ausência de Aganju, o pai, e decide-se a violentar Iemanjá. Essa foge e põe-se a correr, perseguida por Orungã. Ia esse quase alcançá-la quando Iemanjá cai no chão, de costas e morre. Imediatamente seu corpo começa a dilatar-se. Dos enormes seios brotaram duas correntes de água que se reúnem mais adiante até formar um grande lago. E do ventre desmesurado, que se rompe, nascem os seguintes deuses: Dadá, deus dos vegetais; Xango, deus do trovão; Ogum, deus do ferro e da guerra; Olokum, deus do mar; Oloxá, deusa dos lagos; Oiá, deusa do rio Niger; Oxum, deusa do rio Oxum; Obá, deusa do rio Obá; Orixá Okô, deusa da agricultura; Oxóssi, deus dos caçadores; Oké, deus dos montes; Ajê Xaluga, deus da riqueza; Xapanã (Shankpannã), deus da varíola; Orum, o Sol; Oxu, a Lua. Os orixás que sobreviveram no Brasil foram: Obatalá (Oxalá), Iemanjá (por extensão, outras deusas-mães) e Xango (por extensão, os outros orixás fálicos).


Com Iemanjá, vieram mais dois orixás yorubanos, Oxum e Anamburucu (Nanamburucu). Em nosso país houve uma forte confluência mítica: com as Deusas-Mães, sereias do paganismo supérstite europeu, as Nossas Senhoras católicas, as iaras ameríndias. A Lenda tem um simbolismo muito significativo, contando-nos que da reunião de Obatalá e Odudua (fundaram o Aiê, o "mundo em forma"), surgiu uma poderosa energia, ligada desde o princípio ao elemento líquido. Esse Poder ficou conhecido pelo nome de Iemanjá.


Durante os milhões de anos que se seguiram, antigas e novas divindades foram unindo-se à famosa Orixá das águas, como foi o caso de Omolu, que era filho de Nanã, mas foi criado por Iemanjá.


Antes disso, Iemanjá dedicava-se à criação de peixes e ornamentos aquáticos, vivendo em um rio que levava seu nome e banhava as terras da nação de Egbá. Quando convocada pelos soberanos, Iemanjá foi até o rio Ogun e de lá partiu para o centro de Aiê para receber seu emblema de autoridade: o abebé (leque prateado em forma de peixe com o cabo a partir da cauda), uma insígnia real que lhe conferiu amplo poder de atuar sobre todos os rios, mares, e oceanos e também dos leitos onde as massas de águas se assentam e se acomodam.
Obatalá e Odudua, seus pais, estavam presentes no cerimonial e orgulhosos pela força e vigor da filha, ofereceram para a nova Majestade das Águas, uma jóia de significativo valor: a Lua, um corpo celeste de existência solitária que buscava companhia. Agradecida aos pais, Iemanjá nunca mais retirou de seu dedo mínimo o mágico e resplandecente adorno de quatro faces. A Lua, por sua vez, adorou a companhia real, mas continuou seu caminho, ora crescente, ora minguante..., mas sempre cheia de amor para ofertar.

A bondosa mãe Iemanjá, adorava dar presentes e ofereceu para Oiá o rio Níger com sua embocadura de nove vertentes; para Oxum, dona das minas de ouro, deu o rio Oxum; para Ogum o direito de fazer encantamentos em todas as praias, rios e lagos, apelidando-o de Ogum-Beira-mar, Ogum-Sete-ondas entre outros.Muitos foram os lagos e rios presenteados pela mãe Iemanjá a seus filhos, mas quanto mais ofertava, mais recebia de volta. Aqui se subtrai o ensinamento de que "é dando que se recebe".


COMO É IEMANJÁ?

Iemanjá apresenta-se logo com um tipo inconfundível de beleza. No seu reinado, o fascínio de sua beleza é tão grande como o seu poder. Ora é de um encanto infinito, de longos cabelos negros, de faces delicadas, olhos, nariz e boca jamais vistos, toda ela graça e beleza de mulher. Outras vezes, Iemanjá continua bela, mas pode apresentar-se como a Iara, metade mulher, metade peixe, as sereias dos candomblés do caboclo. Como um orixá marítimo, ela é a mais prestigiosa entidade feminina dos candomblés da Bahia, recebe rituais de oferendas e grandes festas lhe são dedicadas, indo embarcações até o alto-mar para lhe atirar mimos e presentes. Protetoras das viagens e dos marinheiros, obteve o processo sincrético, passando a ser a Afrodite brasileira, padroeira dos amores, dispondo sobre uniões, casamentos e soluções amorosas. Quem vive no mar ou depende de amores é devoto de Iemanjá. Convergem para ela orações e súplicas no estilo e ritmos católicos.

Mas o que importa seus nomes, suas formas e aparência, se nada modifica a força de seu império, senão altera a grandeza do seu reinado?
Queixas são contadas a Iemanjá, esperanças dela provêm, planos e projetos de amor, de negócios, de vingança, podem ser executados caso ela venha a dar seu assentimento. Grande foi o número de ondas que se quebrou na praia, mas maior ainda, foi o caminho percorrido pelo mito da divindade das águas. Das Sereias do Mediterrâneo, que tentaram seduzir Ulisses, às Mouras portuguesas, à Mãe D'água dos iorubanos, ao nosso primitivo Igpupiara, às Iaras, ao Boto, até Iemanjá. E, neste longo caminhar, a própria personalidade desta Deusa, ligada anteriormente à morte, apresenta-se agora como protetora dos pescadores e garantidora de boa pesca, sempre evoluindo para transformar-se na deusa propiciadora de bom Ano Novo para os brasileiros e para todos que nesta terra de Sol e Mar habitam.

Sereia Iemanja


DEUSA LUNAR DA MUDANÇA

A Deusa Iemanjá rege a mudança rítmica de toda a vida por estar ligada diretamente ao elemento água. É Iemanjá que preside todos os rituais do nascimento e à volta as origens, que é a morte. Está ainda ligada ao movimento que caracteriza as mudanças, à expansão e o desenvolvimento.

É ela, como a Deusa Ártemis o arquétipo responsável pela identificação que as mulheres experimentam de si mesmas e que as definem individualmente. Iemanjá quando dança, corta o ar com uma espada na mão. Esse corte é um ato psíquico que conduz a individualização, pois Iemanjá separa o que deve ser separado, deixando somente o que é necessário para que se apresente a individualidade.

Sua espada, portanto, é um símbolo de poder cortante que permite a discriminação ordenativa, mas que também pode levar ao seu abraço de sereia, à regressão e à morte. Em sua dança, Iemanjá coloca a mão na cabeça, um ato indicativo de sua individualidade e por isso, é chamada de"Yá Ori", ou "Mãe de Cabeça". Depois ela toca a nuca com a mão esquerda e a testa com a mão direita. A nuca é símbolo do passado dos homens, ao inconsciente de onde todos nós viemos. Já a testa, está ligada ao futuro, ao consciente e a individualidade. A dança de Iemanjá pode ser percebida como uma representação mítica da origem da humanidade, do seu passado, do seu futuro e sua individualização consciente. É essa união antagônica que nos dá o direito de vivermos o "aqui" e o "agora", pois sem "passado", não temos o "presente" e sem a continuidade do presente, não teremos "futuro". Sugere ainda, que a totalidade está na união dos opostos do consciente com o inconsciente e dos aspectos masculinos com os femininos.

Como Deusa Lunar, Iemanjá tem como principal característica a "mudança". Ela nos ensina, que para toda a mulher, o caráter cíclico da vida é a coisa mais natural, embora seja incompreendido pelo sexo masculino.


Obrigada a todos pelo vosso carinho, presença e amizade!
Namasté!
NAMASTÉ!

01/01/2009

Queridos Amigos do Roda de Prata... a todos desejo um 2009 soberbo, e que todos os vossos desejos se possam tornar realidade neste novo ano, cheio de esperança.

FELIZ 2009!


Agradeço a todos a vossa amizade! Agradeço as visitas e todos os comentários deixados! Este mês espero conseguir regularizar as visitas nos vossos cantinhos, pois minha vida profissional não me tem dado descanso... E não foi por me ter esquecido de voçês, aliás.... Nunca me esqueço, porque sem dúvida fiz muitas amizades este ano... neste mundo virtual rsrsss.


Agora vos deixo uma linda lenda encontrada nas minhas longas pesquisas na net... Quem já me conhece, sabe que sou vidrada em Sereias... e para quem ainda não me conheçe... convido então a entrar e se deixar seduzir pelo mistério que os oceanos encerram...

Sereia

Espero que gostem e se deixem embalar... Beijos de Luz e Bom Fim de Semana!!!


A Sereia de Zennor


Morvereen e Mathew


A vila de Zennor fica na Cornualha. Em tempos passados, o mar era a principal fonte de renda dessa cidade. As horas eram contadas pelo fluxo da maré. Muitos pescadores acabavam perdidos em tempestades no mar. Quando a pesca era farta, eles iam agradecer na igreja local. Eles rezavam para ter sorte no dia seguinte também. Entre eles, havia um rapaz chamado Mathew Trewella. Ele era muito belo e tinha uma voz doce e melodiosa.

Uma noite, muito cedo ainda, quando todos os barcos de pesca estavam ancorados, as famílias estavam na igreja e as aves em seus ninhos, e até mesmo as próprias ondas repousavam calmamente nas praias, alguma coisa apareceu calmamente à luz do crepúsculo. Das ondas surgiu um som, e abaixo delas, apareceu uma criatura, que subiu numa pedra, na enseada de Zennor.
Ela parecia ser uma bela moça mas no lugar de pernas tinha uma longa cauda prateada. Era uma sereia, uma das filhas de Llyr, rei do oceano, e seu nome era Morveren. Morveren sentou-se sobre a rocha e debruçou-se na água calma e, em seguida, tirou todos os pequenos caranguejos e conchas de seus longos cabelos.

Enquanto ela penteava os cabelos, ouvia o murmúrio das ondas e do vento e carregadas pelo vento vinha a canção de Mathew.

“Que canção é esta que a brisa está trazendo?” perguntou Morveren.

Mas quando o ventou morreu a canção desapareceu.
Então Morveren deslizou de volta para o mar, porque já era noite.Na outra noite ela veio novamente, mas desta vez ela nadou mais próxima à costa para melhor ouvir. E mais uma vez a ela ouviu a voz da Mathew trazida para o mar.

“Que pássaro canta tão docemente?” perguntou.

Mas as trevas haviam chegado, e os seus olhos viam apenas sombras. No dia seguinte Morveren chegou mesmo mais cedo, e foi mais ousada. Ela lançou-se diretamente até aos barcos de pescadores. E quando ela ouviu a voz do Mathew, ela chamou:

“Que maestro é esse que conduz essa música?”

Não houve qualquer resposta, salvo o barulho das ondas sobre os recifes. Morveren decidiu saber mais sobre aquela canção. Ela tentou se aproximar e pôde ver a igreja e ouvir a música a partir das sua portas abertas. Mas toda a vez que a maré baixava ela tinha que voltar, senão ela ficaria encalhada. Ela decidiu mergulhar sob as ondas, até a caverna escura onde ela vivia com seu pai, o rei. E aí ela falou com Llyr o que ela tinha ouvido. Llyr era tão velho que parecia ser esculpido no rochedo, seus cabelos emaranhados eram verdes como algas. Ao ouvir as palavras dela, ele balançou a cabeça.
“Ouvir é suficiente, minha criança. Ver seria demasiado.”
“Eu preciso ir, papai”, ela implorou, “esta música é mágica”.
“O quê?!”, Ele respondeu: “A música é feita pelos humanos. Nós do povo do mar não caminhamos sobre a terra dos homens.”

Uma lágrima, maior do que uma pérola, caiu dos olhos de Morveren.

“Então, certamente eu morrerei”.
Llyr suspirou, e seu suspiro estrondava como ondas gigantes sobre as rochas; uma sereia chorando era uma coisa rara e isso incomodou o velho rei do mar.
“Vai então”, disse ele, finalmente, “mas vai com cuidado. Cobre a tua cauda com um vestido, como fazem as humanas . Vai calmamente, com a certeza que ninguém te verá. Retorna com a maré alta, ou nunca mais conseguirás voltar para nós.”

“Vou tomar cuidado, pai!” - chorou Morveren, animada.
Llyr deu-lhe um lindo vestido com pérolas, jades, corais do mar e outras jóias oceânicas.
Cobriu sua cauda e seu cabelo brilhante com uma rede, e foi disfarçada para a igreja.Mas escamas e caudas de peixes não sãoforam feitas para andar a pé, e era difícil para Morveren ir até a igreja. Mas ela foi ... arrastando-se!
Era o último hino, as pessoas estavam olhando para baixo ou para o coro e ninguém a viu. Mas ela viu-os e também viu Mathew. Ele era lindo com um anjo e cantava como uma harpa celestial.
Então, nas outras noites, ela ia até lá e fugia antes da última nota do hino, enquanto a maré ainda estava alta. Isso durante o período de um ano e cada vez mais a voz de Mathew crescia no coração dela. Mathew cresceu e sua voz ficou mais profunda e mais forte (embora Morveren permanecesse a mesma, porque assim era o jeito das sereias).

Um dia ela permaneceu mais que o habitual. Ouviu Mathew cantar um versículo, e depois outro, e começar um terceiro. Cada refrão foi mais adorável que o primeiro e ela suspirou. Foi apenas um pequeno suspiro, mais suave do que um murmúrio, mas foi o suficiente para Mathew ouvir, e ele olhou para trás e viu os olhos da sereia, Morveren brilhando. E a rede de sua cabeça escapou deixando ver seus cabelos brilhantes. Ele parou de cantar. Foi silenciado pelo olhar dela - e pelo seu amor por ela. Pois estas coisas acontecem. Morveren ficou assustada Mathew tinha-a visto , e seu pai tinha avisado que ninguém deveria olhar para ela.
Além disso, a igreja estava quente e seca, e o povo do mar deve estar em lugares frios e úmidos. Morveren sentiu-se encurralada, e correu.
“Pára!” implorou Mathew. “Espera!” E ele correu para a gôndola da igreja e pela porta afora.
Então todo o povo virou, livros de hino caindo pelo chão. Morveren enrolou-se no seu vestido e teria caído se Mathew não tivesse a segurado.
“Fica!” ele implorou. “Quem quer que sejas, não vás!”
Lágrimas, lágrimas reais como o mar, salgadas como ela própria, escorriam pelas bochechas de Morveren.
“Eu não posso ficar. Eu sou uma criatura do mar, e tenho de voltar onde eu pertenço.”
Mathew encarou-a e viu a ponta de sua cauda aparecendo por baixo do vestido. Mas isso não lhe importava .
“Então vou contigo! Porque eu pertenço aonde tu estiveres!”
Ele levantou Morveren, e segurou-a contra o peito. E correu com ela até o oceano.

As pessoas da igreja vendo isso gritaram para ele parar.“Não! Não, Mathew!” chorou a mãe do garoto. Mas Mathew foi enfeitiçado pelo amor da sereia, e correu com ela o mais rápido que pôde em direção ao mar. Em seguida, os pescadores de Zennor o perseguiram, até mesmo a mãe de Mathew. Mas Mathew foi rápido e forte e se distanciou. Morveren foi rápida e inteligente. Ela arrancou as pérolas e os corais de seu vestido e jogou-os no caminho. Os pescadores foram gananciosos e pararam para pega-las. Apenas a mãe de Mateus continuou correndo. A maré estava baixando. Grandes rochas apareciam da água escura. Já era muito raso para Morveren nadar, mas Mathew mergulhou. Rapidamente a mãe dele tentou segura-lo. O mar subiu até altura da cintura de Mathew, e depois, seus ombros. Em seguida, as águas se fecharam sobre Morveren e Mathew, e sua mãe ficou com apenas um pedaço de fio em sua mão, como uma linha de pesca e mais nada. Nunca mais ninguém viu Mathew e Morveren. Eles passaram a viver na terra de Llyr, construindo castelos na areia dourada muito abaixo das águas de um mundo azul-verde. Mas o povo de Zennor ouvia Mathew. Para ela, ele cantava dia e noite, canções de amor e canções de ninar. Mathew aprendeu canções do mar também. Sua voz ficava macia e alta se o dia fosse bom, profunda e baixa se Llyr fosse fazer as águas se revoltarem.
Com suas músicas, os pescadores de Zennor sabiam quando era seguro ir para o mar, e quando era sensato ficar em casa. Ainda há alguns que continuam a encontrar significados nas vozes das ondas e compreender os sussurros dos ventos. Estes são os que dizem que Mathew canta ainda, para aqueles que saibam ouvir.




Fonte: desconhecido

Roda de Prata